“Por Milton Marinho”

Se existe um político que venceu o seu prazo de validade em tão pouco tempo, esse político se chama Adroaldo. A coisa está tão feia para o seu lado que um de seus maiores quadros, o radialista Rubinho Cordeiro jogou a toalha e abandonou o barco petista que, não faz pouco tempo, ele, remou sozinho em todas as modalidades dentro do governo que até então defendia. Junto com Rubinho, escapuliram da nau desesperada, toda a base religiosa que deu sustentação àquele governo; governo de Adroaldo tão aclamado pelo próprio Rubinho.

Eram mais de 20 templos à disposição de Adroaldo, segundo ele mesmo; ele que não soube segurar o fiel povo de Deus; investiu em segurar o outro povo. Adroaldo recebe nesse momento, na boca do “istambo”, o seu troféu de cinzas, que, das cinzas, (segundo a mitologia grega) só o pássaro Fênix renasceu. Não consta em seus anais que nenhuma ave galinácea de voo rasteiro, obtivera êxito depois de decaída.

Para Adroaldo que sempre dizia que contava com essa maioria evangélica, recebe ele, um forte golpe nos “rinhos”, como diria meu amigo Luis Ribeiro, de modo que, não deve o “fenône” do ex-prefeito, dormir direito nos próximos dias. Com essa astúcia ele não contava. Está tudo consumado.

Consta do painel de migrantes de Adroaldo para o representante evangélico Erivelton Santana, o pastor João Amorim, pastor Nenel e o ex-secretário de infra-estrutura, o presbítero Rogério Ramos, dentre outros líderes e autoridades da Assembléia de Deus. Estes arautos do Senhor acompanham Rubinho nessa nova empreitada, sob a supervisão de Valdívio Morais seu amigo e mentor político.

Assim como tudo estava escrito nas estrelas que Rubinho ajudou a escrever, agora Rubinho pega a esponja de suas dores com Adroaldo para poder apagá-las. Com esse gesto, Rubinho que no seu “finado” programa de rádio do meio dia, vinha ressuscitando o grupo do PT, agora deu uma reviravolta de 360 graus e, se torna o coveiro do partido que ele tanto “amou”, isso, durante o tempo de sua passagem pelo governo, donde que, era dali que “chuviscava” o seu pró-labore e conseqüentemente, sua sanha e euforia.

Rubinho é uma estrela fisiologista de primeira grandeza, (Deus te benza pra não se por olhado, e ao mesmo tempo clamem por misericórdia), quase virou vereador, só não conseguiu o feito porque Adroaldo o preteriu. Rubinho se mordeu todo, por dentro e por fora, inoculou o veneno de Adroaldo para lhe dar o trôco agora, sem dar direito ao seu ex-chefe de recorrer a algum tipo de soro antiofídico, o que deve o distinto, está se estrebuchando em seu abissal limbo. Rubinho é um homem que antes de ser fiel aos amigos, é fiel a si próprio. Mas o que podemos imaginar nesse negócio, é que Rubinho foi fiel ao inimigo comum por longos anos (ele mesmo), você acertou. O radialista resistiu por muito tempo atéo fatídico 13 de agosto em que morreu o candidato á presidente Eduardo Campos.

Este fatal corte umbilical que fez Rubinho, joga ele a pá de cal que faltava para tentar acabar com Adroaldo e sua definhada e atribulada turma. Com o ato de contrariar seu ex-chefe e se tornar, nesse momento um assecla de Erivelton Santana, Rubinho desarma o PT de Adroaldo e se arma com o novo grupo; são os refluxos da política de Itororó e do Brasil.

Rubinho imita o vereador Gustavo que buscou Antônio Brito como padrinho para uma eventual combinação rumo a suceder Marco Brito em 2016; seguiu tardiamente os meus conselhos e, deve ser expulso do partido; o que certamente é o que ele quer, até porque Erivelton Santana deve ter lhe prometido uma legenda para a disputa. E, com essa, Rubinho consegue um pouco de combustível para tocar seu sonho de ser prefeito de Itororó. Os votos que ele depositar nas urnas para Erivelton Santana é que vão dizer para onde Rubinho Cordeiro irá.

Isto posto, o maior rebuliço da política de Itororó, quem está fazendo, é um cidadão que promove uma silenciosa revolução que explode como uma granada no colo dos seus adversários não declarados. Deve se atribuir tudo isto ao gênio Valdívio Morais. Homem de capacidade ímpar nos bastidores da política; aquele que, desarmado, é extremamente letal em articular, quando é preciso, e desarticular quando se faz necessário. Valdívio é aquele agrega para enfrentar o inimigo em detrimento de melhorar sociedades e Rubinho é peça importante em seu projeto, mesmo que Rubinho não tenha nem uma unha de seu talento; Rubinho é só ambição. Porém, em respeito e solidariedade ao deputado Rosemberg, de quem foi assessor, para sorte ou menos azar de Adroaldo, Valdívio não vai atuar em Itororó com Erivelton Santana; deixa sua cria, Rubinho Cordeiro que é nada mais nada menos que uma cobra criada nos ninhos da direita do carlismo, com passagem pela “universidade” do petismo excomungado de Adroaldo, de quem o radialista fora seu fiel escudeiro e inquisidor contra a maioria.

Com certeza esta debandada cristã enfraquecerá por demais Adroaldo e sua já abalada estrutura, e seus parcos prestígios entre os seus pares, os irmãos evangélicos. Rubinho que aspira ao grande labirinto da prefeitura, com cabeça de jegue enterrada, raparigagem e tudo, estaria assentando os primeiros tijolos que pavimentariam o seu caminho para uma disputa em 2016; sai ele, do “coma profundo” em que jazia, em função do fechamento do seu programa de rádio, para dar um sinal de vida em direção daquilo que mais lhe apetece nesse momento: medir forças com os demais candidatos que pleiteiam o “paço” municipal, ou a casa de tolerância em que se tornou nos últimos anos o prédio de nossa prefeitura municipal.

Milton Marinho