Que todos os três já se lançaram como pré-candidatos, isso sim, é fato. Porém, com a maioria dos 32 partidos que existe no país, sob o controle das legendas majoritárias, PT, PMDB, PSDB, PSD que, ou estão na base do governo, ou no bloco das oposições; são eles que vão dar as cartas, tanto nas capitais quanto nos interiores; tudo de acordo com o tamanho dos interesses e das conveniências do “negócio” chamado política, todos em busca de poder alterar a ordem e o destino de sua cidade. Com isso, as já manifestadas alternativas de candidaturas a prefeito de Itororó, têm três nomes já postos: Gustavo, Rubinho Cordeiro e o ainda indefinido candidato da FRENTE CIDADÃ, que, apesar da boa idéia de renovação, (os três) podem dar com os burros n’água.

Primeiro, porque os partidos que hospedam os respectivos candidatos não vão entregar de bandeja suas siglas para eles atrapalharem, em Itororó, o projeto maior dos seus caciques no município.

Gustavo ou Rubinho Cordeiro, só terá chances de avançar pra valer, se for candidato pelo PT, partido em que estão filiados. Se saírem do partido não vão encontrar guarida em outra legenda. Mas, se, por um milagre, encontrarem amparo em outro partido, não avançam, porque esbarram em estrutura de campanha, (Dinheiro). Sem este, eles não saberão o que fazer para tocá-la. Se não souberem conquistar Adroaldo numa união, serão eles, candidatos a implodir o partido e não a prefeito do município.

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O único caminho que pode ser aberto para que um dos dois seja o candidato ungido pelos medalhões do PT, inclui-se aí o governador Rui, é o seguinte: como sempre, às vésperas de uma eleição o governo faz pesquisa em todos os municípios para saber a situação de seus aliados e suas performances. Cada cidade baiana é um curral de votos para ele, e, entra governo e sai governo; cada um que entra, precisa contar bois, aumentando assim, sua boiada de votos e sua permanência no poder estadual.

No específico caso de Itororó, o melhor a fazer, é o que eles já vêm fazendo; correr atrás dos eleitores e dos votos. Porque, numa dessas pesquisas pode aparecer bem avaliado o nome de um dos postulantes à disputa do cargo. Agora, a primazia da disputa é do ex-prefeito, que, diga-se de passagem, ainda tem votos no município. Apesar do fracasso da última eleição, ele, ainda pode ressurgir das cinzas em que sozinho teve grande competência para nela se jogar.

Mesmo que Adroaldo, não possa ser candidato, por conta das contas rejeitadas pelo TCM e chanceladas pela Câmara de Vereadores, tem o direito de apontar um nome pra chamar de seu. Nem Gustavo nem Rubinho são os seus nomes. Para tanto, soube que Adroaldo também está correndo a freguesia atrás de votos. Acredito que esteja ele, se preparando para aquela consulta popular de avaliação, e que o governo do estado fará logo que for dado o tiro de largada para a corrida das urnas. Adroaldo, obtendo respaldo popular, evitaria qualquer possibilidade de Gustavo ou Rubinho (amigos, pela conveniência do jogo), porém, rivais internos, viessem a bater chapa no PED, Processo de Eleições diretas do partido. Arena esta, ou melhor, rinha, em que Adroaldo acabaria de uma vez por todas com a pretensão dos dois.

Acredito que, nessa avaliação de governo e do partido (PT), sobre ambos, o vereador Gustavo que deu 1760 votos ao deputado Antônio Brito goza de um pouco mais de prestígio que o seu criador Adroaldo, com parte da sociedade itororoense; os astros que favoreceram o deputado Antônio Brito em sua escalada para um novo mandato no congresso, acabaram jogando uma réstia de luz sobre o nosso vereador, daí, sua meteórica ascensão em apenas dois anos de mandato; sorte ou competência, ele vai abrindo uma clareira nessa “mata escura” da política local.

Enquanto o “galo” Adroaldo, machucado ainda da derrota para Marco, não levantar sua crista e não diminuir sua rejeição poderá vir do Palácio de Ondina e do diretório estadual a opção por Gustavo, até porque, todos vão enxergar nele, a possibilidade de uma eleição mais barata, sem o inflacionamento do preço do voto de cada eleitor em Itororó, coisa que fez Adroaldo durante o mandato e acirrou o “inchaço do beré” durante o período da fatídica eleição que o derrotou. Se as circunstâncias do quadro político de Itororó se mantiverem na mesma geometria, isto é, considerando que Adroaldo fora derrotado por três ex-prefeitos e um “laranja” neste caso, esse que vos escreve, disse ele, à época. Podendo variar de atores, de cenário, tanto para mais, quanto para menos, de acordo com a safra do “laranjal” que possa surgir até lá. Porque, se do ponto de vista do prefeito, eu fui um “laranja” externo, imagine que tipos de frutas, para ele, não são Gustavo e Rubinho, estes, que diariamente estão fazendo o enfrentamento ao próprio, e desafiando o partido com a proposição da divisão do grupo em cada passo que dão. As atitudes dos dois são atitudes de opositores declarados. A rua está cheia das farpas liberadas pelo trio, o que dá oportunidade a Marco de demorar com suas férias no Havaí e por aí vai.

Atitudes da oposição essas, que fazem os “conjugues” Marco e Edneu ficarem despreocupados com as urnas, e literalmente de lua de mel em algum lugar distante de Itororó, lua de mel que pode chegar até o início de julho de 2016 quando começa pra valer o “MMA” das eleições no município. Governo do Bem IV, “para quem ama Itororó”. Êta amor roxo!

Diriam os estudiosos do PT sobre uma possível candidatura de Adroaldo, que, por hora, é quem detém o direito e a primazia da disputa, pois o mesmo foi há pouco tempo prefeito e pouco tempo ficou na prefeitura. Gustavo tem que aguardar na fila. Adroaldo merece voltar ao governo para terminar o seu projeto. Talvez, tenha ele, nutrido um tremendo desgosto pela liturgia do cargo, de modo que o próprio cargo o engulhou do mandato de apenas quatro anos, quando, pela ordem, tinha direito a mais quatro, mas não deu. O estômago da cidade embrulhou e, sua natureza reagiu. O espiritismo explicaria esse fenômeno como um ectoplasma. O senso comum e a implacável justiça da história confirmarão o atestado de ignorância do homem que alardeava ter tudo nas mãos, e teve. Mas jogou fora.

Adroaldo quer retornar e, em obediência à fila, é de bom alvitre que o vereador Gustavo aquiete o facho e volte a apoiar o ex-prefeito em busca do retorno do tal projeto de governo que o partido tem para a cidade, mas que não fora revelado em seu mandato; talvez seja dessa vez.

Pergunto: como não ser o vereador Gustavo o candidato o próximo postulante ao cargo, se é ele, o portador da mesma enzima de seu criador, da mesma vontade ou mais que Adroaldo de ser o “cara”, levando em consideração que as últimas eleições o vereador teve força e competência para partir o PT em bandas, ficando ele, com a maior fatia do eleitorado do partido, e que destinou votos a rodo ao deputado Antônio Brito? O que nos revela essa situação? Será que Gustavo obteve esse feito porque conseguiu se afastar de Adroaldo, abrindo essa enorme clareira no partido em busca de alguma poeira estelar que resgate a cidade do modo de governar que a coabita nas mãos de Edneu e Marco há quase trinta anos, ou porque a população enxerga nele a possibilidade de mudanças na política de Itororó?

De qualquer maneira, Se Adroaldo for candidato, ou qualquer nome que ele aponte vai depender do vereador Gustavo. Se o vereador for o candidato, vai depender de Adroaldo, eles têm de estarem juntos. Gustavo não tem para onde ir; para fazer a disputa com possibilidades de êxito, só no PT. Fora do PT Gustavo terá travado em vão uma luta com Adroaldo em que os dois perdem e Marco e Edneu levarão mais uma vez, juntos ou separados. Os petistas que estão de “bituca”, azaram um ou outro para ver no que vai dar essa “inhaca conjugal” dos dois bichos; jacaré e leão. Alguns deles torcem para que o “extrategista político” que é o ex-prefeito Adroaldo, adote o bom senso para reconhecer os méritos do esforçado afilhado e cria política, Gustavo, Deve ele, Adroaldo estender-lhe as mãos, se acaso, ele não puder ser o candidato. Com Gustavo, é melhor lamber do que cuspir.

O PT de Adroaldo, Gustavo e Rubinho que pleiteia a vaga dessa disputa, tem de estar juntos com qualquer que seja o nome para receber a unção do governador, senão, nenhuma chance com o grupo da situação local. A não ser que, consiga um deles, separar Edneu do casamento com Marco, e do “buda”, receber apoio: missão quase impossível. O “Buda” que tem a filha como vice-prefeita, vive sob as rédeas de um acordo “nupcial” paralelo com a prefeitura, a velha “viúva” que não lhe esquenta a “moringa”. Mesmo, tendo de conviver com os formigamentos e os estresses normais de uma “viúva” alegre e dura de ser controlada pelo seu invisível peão montador, o prefeito.

Qualquer nome que surja da Frente Cidadã de Orlando, Virgínia, Cláudia e Adauto a situação do grupo, trilha a mesma direção que as outras duas candidaturas alternativas; vão esbarrar na muralha das legendas, que não estão tão disponíveis quanto se pensam.

Por mais que tenham eles, apoiado os veteranos direitistas JUTAHY, Heraldo Rocha e Mão Branca nas últimas eleições. No estado, estes, os chamados caciques da oposição, estão diretamente ligados a Marco e Edneu, portanto, não deixarão que nenhuma legenda de seu bloco interfira aqui. Itororó é um curral de votos importante para a tomada do Palácio de Ondina em 2018 com ACM Neto, assim como qualquer município do estado baiano.

O grupo da Frente Cidadã pode estar contra a política praticada pelos caciques daqui, mas não estarão contra os seus “dinossauros”.

Será que não existe nenhuma legenda independente à disposição dos referidos candidato? Existem sim: o PEN, Partido Ecológico Nacional e a REDE SUSTENTÁVEL de Marina Silva que caminha este ano para se consolidar como partido. Como fazer para trazê-los para Itororó? Bom, quanto ao PEN, seu líder na Bahia, requer da liderança no município, que esta lhe entregue o mínimo de 300 assinaturas (que não é filiação partidária), para criação de outro partido.

Quanto à REDE, o procedimento é igual ao do PEN. Júlio Rocha, dirigente da legenda na Bahia, seguindo a linha do PEN, também requer com urgência o maior número de assinaturas que uma cidade do interior possa lhe destinar para obtenção da legenda junto ao TSE. O grupo local que quiser fazer parte de um novo partido (REDE e PEN) é só se informar melhor e mãos à obra. Portanto, a oportunidade e a sorte estão lançadas para os que pleiteiam se candidatar com autonomia partidária.

Existem ainda as legendas de esquerda: PSOL, PSTU, PCB e PCO. O Psol é a única que tem comissão provisória na cidade

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL PARA OS TRÊS:

Pesquisas feitas, e é bom lembrar que Marco Brito não dá um passo sem consultar os “búzios” dessa ciência, isto é, Marco também faz pesquisa… DAS ESTRATÉGIAS: candidatura do PT definida por um nome, que não seja o de Gustavo ou de Rubinho, o próprio Marco Brito terá imenso interesse em emprestar duas legendas do seu controle para os dois. Evidente que Marco faria isso depois de uma série de avaliações e cruzamento de informações em que chegaria o leão, a conclusões, que as candidaturas de Gustavo e Rubinho viessem a lhe favorecer. Acredito que, com sua experiência, não necessitará de quase nada para usar de suas astúcias para anular o PT de Adroaldo e companhia. Com as candidaturas de Rubinho e Gustavo, o estrago que os dois farão no partido lhe poupara por demais as energias que lhe restam.

Marco Brito está rindo para as paredes com este cenário, e as paredes, lhe devolvem as risadas em número, gênero e grau. O mesmo, ele não faz com o seu maior adversário, Edneu Oliveira, que é o seu maior aliado. Olha que paradoxo dos diabos.

Portanto, quem quiser ser candidato a prefeito de Itororó, com candidaturas ditas alternativas tem de pedir a benção de Marco Brito, Edneu e Adroaldo.

Milton Marinho